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Nos últimos dias saiu mais uma nova versão do Analytics da Google e ao dar uma vista de olhos, lembrei-me de ver quais foram os posts mais lidos de 2016. Um exercício interessante por ter verificado que alguns deles até eram bem antigos e outros que já nem me lembrava que os tinha escrito.
Aqui fica a lista dos 10+:
Os 10 maiores sets LEGO de sempre (janeiro de 2016)
Carta aberta à Lepin (outubro de 2016)
Livro - As Figuras Que Fazes: Ideias Fantásticas para os Adultos Fãs de Lego® (janeiro de 2016)
Compra em segunda mão (setembro de 2005)
Análise à revista LEGO Star Wars #1 (dezembro de 2015)
TLB04 - As instruções (maio de 2005)
Um monte de Oreos (julho de 2016)
BrickDesk, um blog português sobre LEGO (janeiro de 2016)
Ninjago Trading Card Game (outubro de 2016)
Lavar peças LEGO® (outubro de 2006)
Claro que as visitas aos posts mais antigos são, com certeza, provenientes de pesquisas na Internet (Google). Fiquei um pouco admirado por não aparecerem nem destaques de MOCs de outros AFOLs nem apresentações de construções minhas (Um monte de Oreos é uma construção da minha filha). Provavelmente a resposta é que as pessoas não clicam nestas publicações no Facebook (uma das principais proveniências dos visitantes) já que a fotografia principal e o título podem conter praticamente toda a informação que pretendem.
Finalizando.. acho que vou montar outra vez o TLB04 :)
No ano passado comecei a tarefa de listar os melhores sets LEGO do ano e, como é uma tarefa que pretendo continuar, aqui estão os de 2016 (com algum atraso). Deu algum trabalho percorrer as páginas no Brickset, mas este ano não tive muitos sets interessantes que me passaram ao lado. Rapidamente fiz a escolha dos preferidos e depois foi filtrar até chegar aos 10.
Lembrando que os critérios são pessoais, aqui estão os melhores sets de 2016:
10251: Brick Bank
A LEGO (ou melhor dizendo, o Jamie Berard) não sabe fazer maus modulares e os novos superam sempre em alguma coisa os anteriores. O Brick Bank só confirma a regra onde as técnicas de construção, a utilização em situações novas de peças já existentes e até a originalidade de algumas situações representadas elevam este conjunto à condição de excelência.
Sem dúvida algumas que os tempos dos modulares mais fraquinhos já passou!
10253: Big Ben
É um conjunto que se pode dizer que é monumental. A réplica está bem concebida contendo muitos dos pormenores do original tudo numa proporção muito aproximada. Adorei a introdução de muitas peças em novas cores bem como a utilização de algumas técnicas nada ortodoxas.
21306: The Beatles Yellow Submarine
Nunca esperei que a LEGO lançasse este conjunto e agora que o lançou, 'tou mortinho para lhe por as mãos em cima. A LEGO fez um excelente trabalho em transformar uma ideia original mas com uma execução medíocre num set muito interessante, apelativo e cheio de excelentes detalhes. Está no topo da minha wishlist e é dos raros sets LEGO que quero ter na minha secretária
41130: Amusement Park Roller Coaster
Friends nesta lista? Pois, é verdade e não é o único. Este conjunto bate tudo em originalidade (nunca imaginei ver uma montanha russa num set LEGO) e é a prova viva de que Friends é superior ao tema City em várias coisas.
De notar que este conjunto foi desenhado pelo nosso conterrâneo Ricardo Evildead Silva.
41180: Ragana's Magic Shadow Castle
Se Friends consegue ser melhor que City em algumas coisas, então nem se fala nos Elves. É que basicamente esta linha está a ser aquilo que um tema de Castelo devia ser. Uma história de contexto relativamente simples e, principalmente, uma continuidade através dos anos. Este castelo tem vários pormenores góticos bastante interessantes e até nem me posso queixar muito do esquema de cores utilizado. Continuo a perguntar-me é se aqueles capuzes e cabeleira ficam bem em minifigs.
42054: CLAAS XERION 5000 TRAC VC
Tudo o que tenho lido sobre este set é que excelente apesar de não ser o flagship do tema. É interessante ver a LEGO variar nos veículos representados no tema Technic, mas sem esquecer os habituais temas.
42056: Porsche 911 GT3 RS
A LEGO conseguiu fazer deste set um objecto de culto. O set é interessante cumprindo os objectivos mas sem brilhar. Mas a forma como a LEGO lançou o conjunto e como se deu ao trabalho de fazer uma caixa única, eleva o conjunto a uma das vedetas do ano.
70588: Titanium Ninja Tumbler
Surpreendentemente não vou destacar nenhum conjunto NinjaGo inspirado em steampunk para deixar o lugar a este pequenito Tumbler. Se a forma do veículo que transparecia nas primeiras imagens já mostrava o seu interesse, então depois de o "ver" com as mãos fiquei convencido da qualidade do set. Está cheio de pequenas surpresas/gadgets que levam a pensar o que não se pode fazer num espaço tão pequeno. Outro que está também na minha wishlist.
71011: LEGO Minifigures - Series 15
Confesso que uma das particularidades que me fez gostar mais desta série não foi tanto a série em si, mas o facto que tive que andar a comprar aos poucos no Continente lá da terra. Mesmo assim todos os minifigs tem o seu interesse e alguns deles são excelentes. Destaco o Farmer, Astronaut, Frightening Knight, Flying Warrior e o Faun.
Sim, sou daquelas pessoas que não consegue ver qualquer piada no Shark Suit Guy.
75827: Firehouse Headquarters
É imponente e é daqueles sets que parece que não falta nada (o que não se pode dizer o mesmo das traseiras do castelo da Disney). Gosto dos vários detalhes que o Marcos Bessa (sim, mais um set de um português na lista) conseguiu colocar no set bem como do aspecto realista que a parte exterior tem. É caso para dizer que é um clássico instantâneo.
Com este artigo termino a minha lista dos melhores conjuntos LEGO da década passada. A primeira parte pode ser encontrada aqui.
Ano de 2006 - 6210: Jabba's Sailbarge
2006 não foi propriamente um grande ano em termos de grandes sets apesar da LEGO estar a consolidar a reversão dos prejuízos financeiros do princípio do século. A escolha poderia (e se calhar deveria) ter recaído no 8527 Mindstorms NXT, mas optei por deixar de fora os conjuntos MindStorms, Technic, Duplo e afins da lista.
O 6210 foi um conjunto que me surpreendeu na altura pela utilização não convencional de algumas técnicas e possuir peças extremamente interessantes. Não descansei enquanto não utilizei aquelas velas :)
Ano de 2007 - 10182: Café Corner
Haverá sempre um antes e um depois em relação ao lançamento do Café Corner em março de 2007. Este set representa em primeiro lugar um reconhecimento por parte da LEGO do potencial comercial dos AFOLs (o que é diferente dos vulgares adultos). Em segundo lugar foi construído por um AFOL. Jamie Berad, tornado LEGO Designer e a pensar nos AFOLs, nada de vulgar na altura. Em terceiro a qualidade do desenho e técnicas utilizadas elevou o patamar da qualidade dos conjuntos até a um ponto inimaginável na altura. Lembro-me perfeitamente dos comentários da Comunidade AFOL quando as primeiras imagens do set foram conhecidas.Por fim foi o início de uma colecção que ainda hoje e que é uma referência no mundo dos brinquedos.
Claro que já foram feitos outros sets melhores.. mas este foi o que iniciou (e o seu sucesso talvez possibilitou) tudo!
Se tivesse que descrever este conjunto apenas com uma palavra, esta seria: Incontornável.
Ano de 2008 - 7649: MT-201 Ultra-Drill Walker
O Ultra-Drill Walker foi desenhado por outro AFOL tornado LEGO Designer, Mark Stafford, e é um hino às técnicas avançadas com um piscar de olhos ao conjuntos espaciais clássicos. É extremamente resistente, cheio de jogabilidade e com um aspecto deveras arrojado.
Lembro-me perfeitamente de a minha filha preferir brincar com este "monstro" em vez do meu eleito do ano seguinte. :)
Ano de 2009 - 10193: Medieval Market Village
A minha filha até poderia ter preferido brincar com o Ultra-Drill Walker, mas este conjunto não deixa de ser interessantíssimo. Primeiro é um conjunto medieval civil, coisa cada vez mais rara. Além de não apelar ao conflito, também não é vítima de criaturas gigantescas e fantásticas :)
O set é composto por duas pequenas casas que, apesar de possuírem técnicas avançadas, podem facilmente ser encaixadas no meio de conjuntos dos anos 80/90. Tem também uma boa jogabilidade cheio de pequenos detalhes que podem ser "brincados".
Sendo irónico, deve ter sido um fracasso de vendas já que a LEGO nunca mais fez algo assim :/
Esta lista foi realmente difícil de realizar e, como disse na primeira parte, se percorresse o Brickset novamente iria ter outros resultados. Aconselho a ver outras listas de melhores desta década neste tópico do Fórum 0937. Como curiosidade também poderão ver os meus escolhidos para os anos 80s aqui e para os anos 70 aqui.
No Fórum 0937 está a decorrer uma iniciativa onde será escolhido o melhor conjunto entre 2000 e 2009. Uma das regras é que cada utilizador poderá nomear 10 sets, desde que seja um por ano.
Navegar pelo Brickset percorrendo estes anos foi um exercício deveras interessante e, de certa forma, nostálgico. Esta foi a minha primeira década como AFOL e presenciei o aparecimento destes sets todos e adquiri muitos deles. Também foi interessante verificar o efeito que os sets tiveram quando foram lançados e a forma como são vistos agora.
Claro que em alguns anos a escolha foi muito difícil e, se calhar, se percorresse o Brickset novamente iria ter outros resultados. Tentei ter em atenção variedade de temas e não me limitar aos exclusivos (AKA Direct To Consumer).
Sem mais demoras, aqui fica a lista, ordenada cronologicamente.
Ano 2000 - 7191: X-wing Fighter
Foi, a par do 7181, o primeiro Ultimate Collector's Set dedicado especialmente aos adultos e assim a primeira de muitas naves Star Wars que foram transformadas em objectos LEGO especialmente para serem expostas. Com 1300 peças era um conjunto enorme para a altura e hoje em dia é um clássico, mesmo tendo em conta que a LEGO fez um novo UCS do X-Wing em 2013.
2001 3451: Sopwith Camel
Os UCSs da Star Wars não foram os únicos conjuntos a serem dirigidos para o público adulto no início do século. Este Sopwith Camel é um exemplo perfeito não só no tamanho e realismo, mas também na introdução de algumas técnicas avançadas.
Tinha como grande ponto fraco os autocolantes que eram de fraca qualidade.
2002 10020: Santa Fe Super Chief
Neste ano apareceram dois conjuntos que mudaram radicalmente a forma como a LEGO encarava a contribuição de AFOLs. Este 10020 e o 3739 foram conjuntos desenhados originalmente por AFOLs. O 3739 era um conjunto "amador" comercializado pelo autor, Daniel Siskind (que ainda continua a comercializar MOCs seus) em que a LEGO se interessou e passou ela também a comercializar (com algumas alterações). Porventura o primeiro "Ideas". O 10020 foi, penso eu, desenhado propositadamente para ser um conjunto.
De notar também a forma como a LEGO lançou o conjunto. As primeiras 9999 unidades tinham um tile numerado e dessas, a primeiras dez foram leiloadas no eBay. Foi um sucesso entre os AFOLs e eu próprio cheguei a comprar duas unidades (ambas não numeradas).
2003 10027: Train Engine Shed
A LEGO continua a piscar os olhos aos AFOLs trainheads, desta vez com uma cocheira toda cheia de pequenos pormenores que fez as delícias ao pessoal.
Hoje em dia quando olho para os excelentes pormenores que existem nos interiores dos modulares, é este conjunto que vejo como a pré-história do cuidado que a LEGO tem agora com esses detalhes.
Além disso vinha também preparado para ser utilizado em pares, o que lhe conferia um maior valor na altura de utilizar em displays.
2004 4886: Building Bonanza
Este para mim é o conjunto que simboliza a retoma da LEGO em termos de qualidade e mais tarde financeira. Representa bem o voltar às origens, onde peças básicas servem perfeitamente para construir casas e com um aspecto simples mas eficaz.
Este conjunto é também o primeiro de uma longa série, o das "casinhas" Creator. Série esta que todos anos nos dá alguns dos melhores conjuntos do tema.
2005 7018: Viking Ship challenges the Midgard Serpent
Este foi um ano em que tive algumas dificuldades em conseguir nomear um conjunto significativo. A escolha recaiu sobre este barco viking que, apesar de não estar lá muito correcto em termos históricos, foi o ilustre porta-estandarte de um tema que amenizou a falta de um tema medieval de jeito na altura.
Felizmente as barbas que ficaram pelo caminho (preferiram fazer os moldes para os dragões e serpentes) foram lançadas mais tarde em outros temas.
A partir do final do século passado a LEGO começou a derivar imenso no lançamento de temas. Se antes a LEGO concentrava-se no Duplo, Technic - para os públicos mais novos e mais velhos respectivamente - e depois o grande público-alvo era objeto apenas dos conjuntos dos temas Town, Castle, Space e Fabuland. Isto ano após ano mas, claro, com os seus subtemas. Fabuland infelizmente acabou por cair em 1989 e apartir daí a LEGO começou a experimentar novos cenários. Pirates que ainda teve uma década de lançamentos contínuos, Primo, Adventurers e tantos que se torna quase impossível listar num texto que se quer relativamente pequeno. Em 1999 a LEGO lança-se ainda num novo mundo, os dos temas licenciados. Primeiro com Star Wars, no ano seguinte com o Mickey Mouse da Disney, no seguinte ainda com Harry Potter e depois imensos outros que aparecem e desaparecem quase sem deixar rastro.
Este artigo foca-se nesses mesmos temas, sejam licenciados ou não, os que aparecem e desaparecem quase que sem darmos por ela.
Utilizei a base de dados e forma de classificação do Bricklink para esta pequena pesquisa. Provavelmente chegaria a resultados diferentes se utilizasse o sistema de classificação do Brickset ou do Brickipedia. Não considerei os subtemas e também não considerei temas que ainda estão abertos, como por exemplo o GhostBusters, que neste momento conta apenas com um set, o 75827 Firehouse Headquarters. Na mesma situação estão os temas The Simpsons, Scooby-Doo e The Angry Birds Movie que neste momento contam com 2, 6 e 6 conjuntos respectivamente, mas que num futuro próximo poderão ter mais alguns. Não considerei também o tema Universe (6 sets segundo o Bricklink) já que não foi lançado qualquer conjunto regular e é composto apenas por ofertas.
Em primeiro lugar neste top está um tema licenciado, o Avatar: The Last Airbender. O tema Avatar é baseado numa série de desenhos animados famosa na primeira década deste século que pertencia ao canal Nickelodeon. A LEGO licenciou este tema e de forma surpreendente apenas lançou dois conjuntos (3828 Air Temple e o 3829 Fire Nation Temple), ambos de 2006 e apenas no mercado norte-americano. Existem algumas informações que este tema seria apenas de teste em conjunto com a primeira vaga de conjuntos do SpongeBob SquarePants (ambos da Nickelodeon) para que apenas um deles continuasse. O que aconteceu até 2012 com o SpongeBob, mas com vagas de poucos sets por ano e muitas vezes com o mesmo edifício (O Bikini Botton teve direito a três sets).
Em segundo lugar temos 4 temas com quatro conjuntos cada. O mais antigo é o Spybotics de 2002 que era composto por quatro robôs programáveis que poderão ser vistos como uma versão juniorizada do Mindstorms. Basicamente com menos capacidades mas mais simples de por em acção. O seguinte tema é o Inventor de 2003 onde os quatro conjuntos continham sempre mecanismos que serviam para animar construções muito próximas do que é feito hoje em dia no tema Creator. De notar que o maior deles, o 4095 Record and Play, tinha uma espécie de computador que de certa forma gravava os movimentos feitos para os reproduzir mais tarde. O tema inspirado no filme Speed Racer é o seguinte desta lista. O filme não teve grande sucesso e parece-me que o tema LEGO, lançado no ano do filme em 2008, seguiu-lhe as pegadas. Os quatro conjuntos são basicamente constituídos pelos principais veículos que aparecem na película. Há que salientar que o tema introduziu algumas peças que ainda hoje são bastante utilizadas. Com quatro conjuntos temos por fim o Fusion, tema de 2014. Este tema pretendia aliar a utilização dos tablets/smartphones e a construção com peças reais de uma forma inovadora. Apesar de todo o buzz inicial, o tema não deve ter tido grande sucesso. O buzz rapidamente desapareceu e não foram lançados mais conjuntos além dos iniciais.
Em quinto lugar termos três temas com cinco conjuntos cada. Curiosamente dois destes temas podem ser considerados irmãos, já que foram lançados ambos em 2005, tem a mesma temática, apenas são dirigidos a públicos diferentes. Temos então o Dino Attack, lançado na América do norte, onde meia-dúzia de minifigs combatem dinossauros gigantes de uma forma bem bélica. Por outro lado temos o Dino 2010 onde os mesmos minifigs combatem os mesmos dinossauros mas agora de uma forma não tão mortal já que pretendem apenas capturá-los. Este último tema, como se pode imaginar, foi dirigido ao público europeu. Não se conhece se esta medida teve sucesso, no entanto a LEGO nunca mais fez algo do género, apesar de continuar a ter apostas diferentes conforme o mercado. O tema restante com 5 conjuntos (e um pack) é o Disney’s Mickey Mouse lançado em 2000. Este tema aproveita muitos dos moldes e características do extinto Fabuland, mas de algum modo não consegue ganhar continuidade e dura apenas um ano.
Com seis conjuntos e em nono e último lugar deste top temos 2 temas, ambos licenciados e ambos de 2010. Baseado numa série de TV infantil temos o tema Ben 10 que é composto apenas por grandes figuras ao estilo Bionicle/Hero Factory. Este tema pouco atraiu a Comunidade AFOL e passou completamente despercebido a muitos. Isso já não aconteceu com o seguinte tema, desta vez baseado num filme (por sua vez baseado num jogo de computador), o Prince of Persia. O filme não teve grande sucesso e o tema, apesar de interessante, também viu vários dos seus conjuntos a entrarem em saldos. De notar que este é outro tema que introduziu peças interessantes além de dois animais bem raros, a avestruz e o camelo.
Estes são 10 temas que além de terem poucos conjuntos, pouco duraram nas prateleiras das lojas de brinquedos mostrando que não foram o sucesso comercial que se esperava. Alguns claramente por falta de qualidade, outros por se calhar estarem além (sim, além) das expectativas dos clientes, outros ainda levados pelo fracasso nas bilheteiras dos filmes que os suportavam.
Será que valeram a pena?
Mais um top 10 (o primeiro foi os melhores conjuntos de 2015 que pode ser consultado aqui) onde desta vez listo os 10 maiores conjuntos de sempre em termos de peças até janeiro de 2016.
Em primeiro lugar está o 10189 Taj Mahal, conjunto com 5922 peças. Este famoso monumento indiano teve a sua versão LEGO lançada no verão de 2008.
Tive o prazer de o construir na altura do lançamento para a estreia europeia num evento da Comunidade 0937 em Viana do Castelo. Lembro-me que parte da construção era monótona mas que possuía alguns detalhes bem interessantes.Lembro-me também de achar que a cúpula estava com as proporções erradas de tal forma que me pareceu um erro de desenho.
O 10179 Ultimate Collector’s Millennium Falcon é um dos sets mais procurados de sempre e está em segundo lugar nesta lista com 5197 peças. Foi lançado em outubro de 2007, mas teve a diferença que os fãs tiveram a oportunidade de reservá-lo na loja online da LEGO com vários meses de antecedência.
Nunca tive a oportunidade de o construir, no entanto já o inspeccionei tanto em exposições como também através das fotografias de Internet. Peca essencialmente por falta de interiores.
Em terceiro lugar está um conjunto lançado ainda neste mês, o 75827 Firehouse Headquarters baseado no famoso quartel dos Ghostbusters. Este conjunto possui 4634 peças e foi desenhado pelo “nosso” Marcos Bessa.
Este é um conjunto que adoraria construir, o Marcos já nos habituou a construções agradáveis sempre com uma ou outra técnica inovadora e com um resultado final de excelência.
A interpretação LEGO da famosa ponte londrina, 10214 Tower Bridge é o quarto maior conjunto em termos de peças. São 4287 peças para formar as duas torres e o tabuleiro bem como alguns veículos em micro-escala.
Nunca montei este conjunto, mas tive a oportunidade de reconstruir parte e ter colocado algumas peças numa versão gigante que a Comunidade 0937 criou. Tem um desenho bem em linha do que foi feito com o Taj Mahal, onde uma construção nomeadamente básica é “detalhada” com algumas técnicas interessantes.
Lançado em 2008 com 3803 peças, o 10188 Death Star aguentou-se em produção até ao ano passado. Este enorme playset cheio de pequenos gadgets está repleto de referências ao Episódio IV e VI da conhecida saga Star Wars.
Não o construí, mas já o tive tantas vezes nas mãos que já não tem propriamente segredos. É definitivamente um playset prontinho para ser brincado pelos mais novos. Sim, um brinquedo caro.
Em sexto lugar nesta tabela temos o 10143 Death Star II de 2005 com 3441 peças. Desenhado com o único intuito de ser exposto, tem uma forma interessante de mostrar a segunda Death Star em construção.
Este é outro set que nunca construí, mas que tive a oportunidade de já o analisar “com as mãos”. Técnicas definitivamente inovadoras em 2005, mas com uma construção um pouco monótona em várias secções.
Curiosamente este conjunto aparece num dos episódios do The Big Bang Theory a ser construído pelo Sheldon Cooper.
Em 2007 a LEGO lançou o seu segundo landmark (considerando que o primeiro foi o 3450 Statue of Liberty), o 10181 Eiffel Tower com 3428 peças, sétimo desta lista. Este monumento francês foi representado em dark-bluish-grey o que foi uma opção discutível pela parte da LEGO.
Ganhei este conjunto num sorteio e a construção e o resultado final são, no mínimo, desconcertantes. A maior parte das peças utilizadas na construção são básicas, o que faz com que o resultado final tenha um aspecto muito brickbuilt. Por outro lado também podemos apreciar a capacidade de montar uma construção de relativa complexidade e com um tamanho considerável apenas com peças básicas.
O 75059 Sandcrawler de 2014 (existe o 10144 de 2005) é o oitavo maior conjunto da LEGO contando com 3296. Este veículo gigante é também um interessante playset, já que está povoado com várias minifiguras bem como alguns gadgets para criar alguma jogabilidade.
Tive a oportunidade de construir este set no final do ano passado. A construção torna-se um pouco monótona nas partes simétricas mas no entanto possui algumas técnicas interessantes e invulgares. O resultado final é interessante e bastante próximo do original.. apesar de pequeno.
O penúltimo conjunto desta lista é o 10196 Grand Corousel com 3263 peças. Este conjunto de 2009 tem como sua principal característica o de funcionar realmente graças a um motor Power Functions e até tem música.
Nunca o construí e confesso que foi um set que nunca me entusiasmou. Já o vi várias vezes em exposições, mas sempre dei mais atenção aos MOCs que o acompanhavam (por norma incluídos num parque de diversões).
O conjunto que fecha esta tabela é o 10221 Super Star Destroyer de 2011 e com 3152 peças. Esta construção de quase 125 centímetros vem acompanhadas de alguns minifigs e contêm uma pequena (e ridícula) sala para os colocar.
Não o construí mas também nunca me captou a atenção. Tive o 10030 Imperial Star Destroyer (seria o 11º da lista) que possui técnicas de construção mais interessantes (parte dos ângulos são consguidos através de peças com ímans) e a parte inferior é também inclinada, o que não acontece com o 10221.
Destes 10 conjuntos apenas construí 3 (mas um está na fila para ser montado e outro está na lista) e, penso eu, que não sejam propriamente os sets mais entusiasmantes da LEGO em termos de construção.
Destaco que metade da lista pertence ao tema Star Wars e em temas licenciados há que adicionar mais um, o quartel dos Ghostbusters. De notar que outros três conjuntos são monumentos conhecidos e que, portanto, apenas um (o Grand Carousel) tem um desenho original. Apesar de 6 conjuntos terem minifigs é discutível que eles estejam à escala das figuras LEGO.
A construção desta lista foi facilitada pelas ferramentas do Brickset, ferramenta cada vez mais essencial aos AFOLs em geral e aos colecionadores em particular.
Uma coisa que tenho sentido nos últimos anos é que cada vez mais ignoro a grande maioria dos conjuntos que a LEGO lança. Claro que deve ser fácil de perceber que ter mais de 15 anos de AFOL faz com que comece a ser difícil ficar surpreendido com os novos conjuntos. Aliás, começa a ser difícil manter qualquer atenção na maior parte dos temas, focando-me apenas nos que me interessam mais e por vezes apenas numa faixa de preços.
Para tentar contrariar isto decidi fazer este top. Assim fui “obrigado” a pelo menos dar uma vista de olhos em todos os sets no Brickset marcados como de 2015. Tentar também não olhar apenas para os mais caros e/ou os mais direccionados para adultos e até imaginar-me como apreciador de Duplo e Technic. Exercício que por vezes até foi engraçado.
Claro que o resultado não é perfeito (nem esperava que o fosse). Não construí muitos conjuntos deste ano e por cima não acompanhei muitos temas nos anos anteriores e, portanto, não sei se houve avanços significativos nesses mesmos temas. A opinião é baseada essencialmente nos meus critérios e gostos mas também na minha experiência. Tentei também ignorar outros tops que já apareceram noutros sites dando assim um cunho pessoal a este top, o que aliás é o que tento fazer para o meu blog.
Bem, chega de treta e aqui fica o meu top de sets para 2015 ordenados pelo número da referência e ignorando livros, merchandising, gear, packs, etc.
É mais um modular que a LEGO lança, o décimo se contarmos com o Market Street. Se a qualidade dos modulares baixou em alguns dos seus lançamentos, a LEGO redimiu-se em 2014 com o Parisian Restaurant e com este Detective’s Office confirmou a tendência. Recheado de técnicas originais e soluções engenhosas num resultado que é um regalo para os olhos. Por vezes parece que algumas peças foram inventadas para serem criativamente incluídas em sets deste tipo.
Não sou propriamente admirador do filme e confesso que até me cansei um pouco de ver o pequeno robô em tudo o que é lado no ano em que o filme saiu. No entanto a construção vendida pela LEGO capta na perfeição o cuteness do original além de conseguir ter alguns dos seus pontos de mobilidade. Foi mesmo num desses pontos de mobilidade que apareceu um problema que levou a LEGO a emitir uma correção e atrasar a entrega do conjunto em alguns países. Nada que pertubasse a qualidade final do conjunto que com certeza irá habitar as prateleiras de muitos quartos de miúdos.. e não só.
O tema Elves foi uma agradável surpresa. Conceitos originais, peças novas, novas cores, etc. Este barquito é o perfeito porta-estandarte deste tema, apesar de não ser o maior conjunto. Possui uma engenhoca engraçada (a roda do leme faz rodar o mastro da vela) e tem umas linhas extremamente interessantes sem utilizar uma única peça a fazer de casco do barco como acontece em outros conuntos. O jogo de cores não cai no exagero de outros conjuntos Friends/Elves e apresenta uma boa jogabilidade com um preço bem acessível.
Não sou apreciador dos conjuntos Technic, no entanto parece-me difícil não destacar este monstro de quase 4.5kg. A LEGO continua a reservar o topo de gama do tema a um modelo de um veículo real, e continua a fazê-lo de forma magistral com a inclusão de várias funcionalidades numa construção imediatamente reconhecível.
Em 2014 a LEGO surpreendeu-me com um sub-tema pacífico e de exploração em City, o Artic. Este ano a LEGO continuou a surpreender e desta vez duplamente já que lançou dois temas de exploração, Space Port e Deep Sea Explorers. Este SpacePort representa de forma muito satisfatória e jogável o Space Shuttle norte-americano que irá habitar o nosso imaginário durante muito tempo. O veículo transportador ficou aquém das minhas expectativas.. mas penso que ninguém repara nele mesmo :)
Simplesmente não consegui resistir em não indicar um conjunto deste sub-tema que me seduziu imenso. Este pequeno submarino capta bem a ideia do tema onde não há propriamente uma jogabilidade baseada nos “bons” contra os “maus”. Há que destacar também o modelo do submarino que está construído de forma excelente e que remete para o esquecimento outras versões do mesmo estilo que a LEGO fez em anos anteriores.
Esta foi, sem dúvida alguma, a boa surpresa deste ano em termos de conjuntos LEGO. Um tema que não era propriamente conhecido por cativar os AFOLs, sai-se com um conjunto cheio de detalhes que cativam e merecem um olhar atento dos mais velhos. Tem um aspeto perfeito e com uma jogabilidade bem pensada onde a originalidade também tem lugar.
Ainda estive para destacar o Final Flight of Destiny’s Bounty em vez deste, no entanto a imponência do templo venceu claramente o meu gosto por navios voadores.
As séries de minifigs coleccionáveis já andam por aqui há tanto tempo que a maioria do pessoal deve apenas juntar a colecção e seguir em frente sem se aperceber de algumas preciosidades que a compõem. Esta série está pejada de minifigs interessantes e facilmente utilizáveis em construções originais. Além disso estão recheados de pormenores que elevam ainda mais a excelência do que a LEGO já fez em anos anteriores. O Rei, o Xerife, a Samurai e até o Feiticeiro são exemplos perfeitos disso mesmo.
E sim, ainda não consigo perceber o que aquele cachorro-quente tem de especial :)
O resultado final da construção LEGO desta belíssima nave é simplesmente bestial e fica bem em qualquer prateleira de fãs Star Wars. A construção também é interessante com algumas técnicas únicas. No entanto tem alguns pormenores que não são totalmente do meu agrado (traseira e forma com o windscreen sai).
De qualquer forma é daqueles poucos sets que me fazem pensar se não valeria a pena gastar uns cobres para o ter aqui ao meu lado.
Bem tentei, mas seria difícil ignorar todos os conjuntos interessantes que a LEGO fez para este último filme Star Wars. Ainda considerei a Millennium Falcon (segundo vários reviews é muito bem superior às ultimas versões que a LEGO fez da nave) mas acabei por escolher a X-Wing do Poe Dameron, um dos personagens que mais gostei no filme.
A versão LEGO da nave respeita bem as proporções da original e traz o tal windscreen que já deveria ter sido disponibilizado há muito tempo (mesmo tendo em conta as queixas). Adoro as linhas arredondadas dos motores e a simplicidade do mecanismo para abrir e fechar as asas. O esquema de cores não é bem o meu preferido, mas aí a LEGO não tem voto na matéria.
Pena é ser caríssima.