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Mais uma soberba criação do Pate-Keetongu, desta vez representando os dois personagens principais do Mad Max: Fury Road.
Mais no blog do autor aqui.
A principal característica do brinquedo LEGO que me fez tornar um AFOL foi sem dúvida alguma a possibilidade de criar algo novo, de construir o que quiser. Nestes muitos anos de AFOL já criei naves, castelos, edifícios, aviões, barcos, etc e não tenciono ficar por aqui. A brincadeira é limitada pela imaginação, e isso não me falta.
Por isso levei (imenso) tempo a perceber que nem todos os AFOLs viam o LEGO como eu via, uma ferramenta para criar. Ok, coleccionismo é interessante, a procura de completar a colecção, o estudar a evolução do objecto, a procura de raridades, a compra e venda, etc. Mas isso acontece com o LEGO como acontece com qualquer outro tipo de coleccionismo. No criar é que está a (grande) diferença.
Portanto durante muito tempo achei estranho haverem mais coleccionadores de LEGO do que construtores.. e pouco a pouco fui apercebendo-me que o problema estava mesmo no "criar". Pelos vistos nem toda a gente está à vontade com isso.
Desde que me lembro que utilizo as peças LEGO para criar. Talvez porque comecei a colecção com as peças herdadas dos meus irmãos e não haviam instruções para nada. Portanto tive logo que por-me a construir coisas se queria dar utilidade às peças que tinha. Claro que depois tive alguns conjuntos, mas a verdade é que pouco duravam já que as peças eram preciosas para construir outras coisas.
E quando me tornei um AFOL continuei igual, esventrei imensos sets (alguns verdadeiras preciosidades que ainda encontrava em lojas, como Classic Space, Classic Castle, os primeiros Pirates e até mesmo o Café Corner) já que precisava de peças para construir. Se no início ainda pensava que poderia reconstruir o set quando me apetecesse (já que tinha as peças e as instruções), na verdade nunca o fiz :)
Mas voltando atrás, cada vez mais fico com a impressão que não existem mais construtores, pessoas que realmente utilizam o LEGO para o que ele serve, porque há dificuldade em construir. Coisa que para mim é natural e onde tiro o maior prazer neste hobby.
Tão natural que li este artigo no BrickPile com bastante interesse. Explica de uma forma bem sucinta como alguém que não constrói MOCs o pode fazer. Aconselho a qualquer AFOL (seja construtor ou, principalmente, coleccionador) a dar uma vista de olhos e, talvez, começar a construir qualquer coisa :)
(a fotografia é do meu primeiro MOC como AFOL)
Quando apareceram as primeiras imagens do 60119: Ferry fiquei logo com vontade de fazer uma versão melhorada. A ideia passava por também utilizar o ferry de Caminha (se googlarem "ferry caminha" aparecem várias imagens) como fonte de inspiração, principalmente no esquema de cores e no formato geral.
Comecei pela base sem ter grandes ideias quanto à dimensão final da embarcação. Erro que depois comprometeu o resultado final já que no fim cheguei à conclusão que o ferry deveria ser 8 a 10 studs mais comprido, colocando assim mais uma janela na estrutura central. Outro provável erro é que nem cheguei a experimentar o windscreen que aparece no próprio set. Utilizei um windscreen normal de 6-wide que virei ao contrário (sim, está bem preso). Apesar dos erros, gosto muito do resultado final. Tem o "ar de brinquedo" que procurava além de que está relativamente realista. Basicamente é uma adaptação de um ferry real para um brinquedo LEGO onde desproporcionei propositadamente o formato geral para conseguir uma escala minifig.
Mais imagens aqui.
Não, não sou grande apreciador de motorizadas, mas ao ver esta construção no The LEGO Car Blog fiquei logo com a boca aberta. Henrik Jensen parece que tinha as peças certas à mão para construir tudo de forma perfeita. Fez lembrar-me de um trabalho antigo do português Ricardo "Biczzz" Prates.